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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

EDITAL RECID

                      
                                         Rio de janeiro, 25 de janeiro de 2011

A Rede de Educação Cidadã/Talher Nacional é uma articulação de diversos atores sociais, entidades e movimentos populares do Brasil que assumem solidariamente a missão de realizar um processo sistemático de sensibilização, mobilização e educação popular da população brasileira, principalmente das famílias em condições de vulnerabilidade social, promovendo o diálogo e a participação ativa na superação da miséria, afirmando um projeto popular, democrático e soberano de nação.
Com o propósito de fortalecer estas ações, a Rede de Educação Cidadã no
Estado do Rio de Janeiro está selecionando 02 educadores/as para compor o quadro de educadores/as contratados/as.
Apresentamos a seguir o perfil desejado e as atividades a serem desempenhadas:

I- Perfil Desejado:
  • Compromisso com os princípios e valores da Recid;
  • Ter compromisso com a educação popular freireana;
  • Experiência em trabalhos com organizações sociais e em comunidades, articulação de entidades e eventos;
  • Experiência com processos de formação e trabalhos coletivos;
  • Ter conhecimento do trabalho da Recid e das temáticas relacionadas ao Projeto Político Pedagógico da Recid: projeto popular de nação, realidade brasileira, movimentos sociais populares, biodiversidade, metodologia de educação popular freireana, economia solidária e direitos humanos;
  • Compromisso com a diversidade (regional, cultural, religiosa, étnicas, sexual, de geração, de gênero e de segmentos sociais);
  • Ter a capacidade de dialogar com diversos movimentos e com a diversidade;
  • Capacidade de elaboração de textos, de fazer registro, sistematizar informações e discussões;
  • Saber se comunicar bem e trabalhar em facilitação de oficinas, realizando mediação de conflitos e desenvolvendo metodologias participativas;
  • Capacidade de trabalhar em equipe, ter iniciativa, dinamismo e criatividade, ser organizado;
  • Disponibilidade para desenvolver atividades à noite e finais de semana e para realizar viagens;
  • Domínio e experiência com informática (editor de texto, planilhas, slides e ferramentas da Internet).
  • Ter respeito, simplicidade, saber ouvir, humildade, ter amor a vida e amor ao próximo.
  • Experiência em planejamento participativo, monitoramento, avaliação e sistematização de atividades e de experiências.
  • Determinação no cumprimento das ações da Recid.
  • .  Ter participado das atividades da Recid-RJ no ano anterior
  • Saber mediar os conhecimentos populares e cientifico e ser sensível para o novo.(saber exercitar o ser educador/a – educando/a)
  • Gosto pelo estudo e determinação pela sua formação continuada.


II- Principais Atividades a desempenhar:
  • Realizar processos de formação de acordo com os princípios e diretrizes do Projeto Político Pedagógico (PPP) da Recid;
  • Elaborar, Planejar, Coordenar, Monitorar, Avaliar e Sistematizar as ações;
  • Garantir a realização das ações Planejadas e ou re - planejadas;
  • Monitorar coletivamente o desenvolvimento das atividades;
  • Participar das reuniões definidas coletivamente;
  • Organizar e participar de momentos de estudo da equipe de educadores/as.
  • Construir junto com a equipe os relatórios mensais e a sistematização mensal das atividades;
  • Assumir e encaminhar as deliberações estaduais, nacionais e regionais da recid;
  • Realizar regularmente a prestação de contas das atividades;
  • Implementar, junto com a equipe, processos formativos pautados na metodologia de educação Popular freireana definidos e planejados coletivamente.
  • Organizar encontros, seminários, oficinas, reuniões e cursos.
  • Registrar e elaborar relatórios que sistematizem dados das oficinas, reuniões, encontros e do desdobramento das atividades da Recid.

III- Condições de contratação:
  • 20 horas semanais distribuídos de acordo com as necessidades;
  • O contrato será por prazo determinado de acordo com a vigência do projeto;
  • Não ter outro vinculo empregatício;
  • Remuneração: salário mais vale alimentação.

IV- Etapas da seleção:

1)      Envio de carta de intenção e de Currículo de no máximo cinco páginas, até as14:00 horas do dia 31 de janeiro/2011 para o correio eletrônico:
recid-rj@hotmail.com

Recebimento de Currículos e Carta de Intenções

Além do envio do currículo, cada candidato(a) deve enviar uma carta de intenções.
Nesta Carta de Intenções cada um(a) deve apresentar as razões que o/a levam a concorrer neste processo de seleção a uma vaga na Equipe de educadores/as da Recid Rio de Janeiro.
Os currículos e cartas de intenções deverão ser encaminhados como anexos. No corpo do e-mail informar telefone e e-mail pessoal para contato.
O resultado da seleção será divulgado no dia 31 de janeiro de 2011.

ATENÇÃO: Só serão aceitas documentos enviados por meio eletrônico.
Obs.: A Recid Rio de Janeiro se reserva ao direito de não contratar ninguém para essa função, caso os currículos e/ou entrevistas não preencham os requisitos exigidos

Recid Rio de Janeiro

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Fuzis e TVs de longo alcance fazem vítimas no Rio e em todo o Brasil.(parte 2)

O nomadismo criminal
Duas, das quatro facções que hoje controlam as atividades ilícitas nas favelas do Rio nasceram no fim dos anos de 1970 no presídio da Ilha Grande.  Lá, no contato com presos políticos, os presos comuns aprenderam um pouco de táticas de guerrilha, que foram adaptadas pras suas práticas de crimes comuns. Isso se refletiu de imediato na grande incidência nos casos de assaltos a bancos ocorridos nos anos 80. A concentração do crime nessa atividade e com sofisticação inédita entre os bandidos comuns, pode ser apontada como uma ”herança” da guerrilha, assim como os seqüestros (sem – nem de longe – querer responsabilizar a militância da luta armada no surgimento desses grupos criminosos).
Com a ascensão de Leonel Brizola – um ex-exilado da ditadura militar, uma vítima da violação dos direitos humanos – ao governo do Rio de Janeiro, uma nova relação entre população pobre e segurança publica começou a se estabelecer. Uma transição de ditadura pra democracia que anistia assassinos e torturadores, cria uma atmosfera de impunidade que faz perpetuar a prática de tortura, assassinatos e outros abusos cometidos por agentes do Estado. E era isso que Brizola queria combater quando proibiu a polícia de meter o pé na porta dos barracos, como ela sempre fez. Incursões em favelas... só com mandado judicial.
Além disso, como tanto os assaltos a bancos como os seqüestros exigem muito planejamento, e os riscos são muito grandes, assim como são grandes as perdas tanto humanas quanto materiais, a bandidagem começou a se focar mais no lucrativo comércio de drogas. Assaltos são crimes contra o patrimônio, e a nossa polícia nasceu em 1809 justamente para garantir o patrimônio, numa época em que o patrimônio estava matando seus donos e fugindo das fazendas para articular a resistência nos quilombos. Já o consumo de drogas vinha adquirindo um glamour cada vez maior no interior das classes média e alta. Assim sendo, trata-se de uma atividade criminosa que ao invés de atacar a classe dominante, ao contrário, acontece com a sua conivência. Essa transição do foco de atuação da bandidagem fluminense do roubo para o comércio varejista de drogas está bem retratada no filme Cidade de Deus, de Fernando Meireles. Nele há uma cena em que o personagem Zé Pequeno reflete, junto com seu amigo Bené, acerca das vantagens do tráfico sobre o assalto. Para isso ele toma como referência o personagem Cenoura, que vendia toxico e, ao contrário deles, ostentava riqueza pela favela.  E se, por um lado as favelas estavam “resguardadas” pela bem intencionada política de respeito aos direitos humanos implementada por Brizola, por outro, elas tem a uma geografia que foi favorável para quem quis se defender de ataque inimigo. Por esse motivo foi nelas que se instalou o grosso do comércio varejista de narcóticos.  
Ter praticamente acabado com os assaltos a bancos e os seqüestros (o Disque-Denuncia foi criado na ocasião do seqüestro do filho do presidente da Firjan, em 1995 e praticamente extinguiu essa prática criminosa no Rio), não significou ter acabado com o crime no Estado do Rio. Ele só se deslocou de modalidade e de território. Entendendo isso, fica fácil de entender que pode-se até instalar UPPs nas centenas de favelas que hoje existem no Rio, mas se não atacarem as raízes econômicas e sociais da criminalidade, ela sempre existirá. Com caras e endereços novos, mas sempre existirá. Como no passado, vai se encerrar um ciclo pra dar inicio a outro. E todo aquele espetáculo midiático montado e transmitido quase que 24 horas por dia via algumas emissoras de TV, só tinha mais uma tarefa além da disputa por audiência, e glamourização da violência do Estado: distrair as mentes pra um fato já cantado nos versos de uma musica dos Racionais MCs:                                               

“Assustador é quando se descobre/ que tudo deu em nada e que só morre pobre.”
                                                                                                                                 

Coletivo de Hip Hop LUTARMADA

Fuzis e TVs de longo alcance fazem vítimas no Rio e em todo o Brasil.(parte 1

Sem nem imaginar o que acontecia naquele momento na Vila Cruzeiro, durante uns 30 minutos da tarde desse 25 de novembro, no CREA-RJ estava uma companheira da África do Sul contando como a proximidade com a copa do mundo fez crescer a violência do Estado e seu aparato repressivo. Foram 55 mil agentes a mais reforçando o contingente policial.  E quem esteve atento aos acontecimentos na área da segurança no estado do Rio em 2007, ano dos Jogos Panamericanos, em que a policia fluminense matou mais de 1300 pessoas, ta ligad@ no que está por acontecer (ou seria, o que já está acontecendo?).
O que se diz é que a onda de ataques contra ônibus e alguns carros particulares que aconteceram nos últimos dias e que foi o estopim para a mega-ultra-super-espetacular-operação militar que aconteceu nos complexos da Penha e do Alemão, é uma resposta de bandidos à perda territorial para as UPPs. Mas, ainda fazendo um paralelo de todo esse clima de terror com os mega-eventos esportivos que estão por vir, o deputado estadual Marcelo Freixo diz que as UPPs são “um projeto de cidade e não de segurança pública”. Alertando para o critério de distribuição dessas unidades policiais, ele ainda revela: “é o corredor da Zona Sul, os arredores do Maracanã, a zona portuária e Jacarepaguá, região de grande investimento imobiliário. Então, são áreas de muito interesses para o investidor privado. O Estado, portanto, retoma - militarmente - este território. A retomada é militar para permitir um projeto de cidade, que é a cidade Olímpica de 2016.”.
Porém, para a opinião pública, nacional e internacional, as coisas não podem aparecer desta forma.  Há que se tomar o cuidado de transmitir uma situação de controle, e que quando esse controle está em risco, o Estado de imediato responde e... trava-se uma luta do bem contra o malAssim, pro emprego de tanta força do Estado, como foi visto, é preciso fazer com que a sociedade no geral acredite nessa força como legítima e necessária. E os grandes veículos de comunicação foram muito eficazes nesse sentido. Os jornais noticiavam com muita ênfase a ação de delinqüentes que incendiavam principalmente ônibus, mas também carros particulares pelo Rio e região metropolitana. Um pânico tomou conta da população que nem percebeu que o alvo da violência desses bandidos era sempre o patrimônio, e nunca as pessoas. Mesmo assim, até quem não era don@ nem de carro ou de ônibus, ficou apavorad@. Feito isso, consumada a invasão com roubo de pertences e dinheiro de moradores, mortes e prisões arbitrárias, o passo seguinte foi fazer o povo acreditar que a operação significou um marco histórico que fez a violência urbana do Rio virar coisa do passado. E, com o poder de imagens bem selecionadas, somadas às narrativas tendenciosas, muit@s morderam a isca e acreditaram na farsa.
O Rio de Janeiro hoje tem mais de mil favelas e quase todas elas sob influencia de algum grupo criminoso. Não é sensato acreditar que operações dessa envergadura acontecerão em todas essas comunidades. E até que acontecessem, mesmo que o combate ao tráfico de drogas fosse de fato levado a sério até a sua extinção, ainda assim, sem combater as mazelas sócio-econômicas que produzem o bandido, o máximo que se consegue é a migração desses delinquentes para outros setores do crime. E isso já foi verificado na nossa história recente.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

AFETIVIDADE E SEXUALIDADE EM UM OLHAR JOVEM

Dílson – Pastoral da Juventude (PJ)
Pensando em todas as situações que afetam os jovens do mundo de hoje, a Pastoral da Juventude começa a pensar em como trabalhar a nossa afetividade e sexualidade sendo iluminados pelo evangelho, Jesus nos diz: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Com estas palavras Jesus convida a nos amarmos para sermos capazes de amar os outros. Amar a si mesmo significa , amar o próprio corpo, a própria pele, seu cabelo, seu sexo, sua raça, sua classe, suas origens, seu passado, sua família, seus amigos. Saber amar o próximo e saber partilhar seus interesses e alegrias, saber escutar, ter paciência e saber perdoar as falhas do outro, ser carinhoso, e doar-se.
Mas, às vezes a doação faz com que o jovem deixe de lado suas relações pessoais, ou seja, amam tanto uma causa, que são se cultivam mais, deixam de lado a família, os amigos, o namoro, e no final acabam se frustrando. O jovem deve saber equilibrar o seu trabalho social e sua afetividade. Quando o jovem não consegue se organizar como pessoa, acaba se afastando de si mesmo e dos outros. Vai assumindo cada vez mais atividades (sociais, religiosas, profissionais) e vai esquecendo da família, dos amigos, da escola, d@ namorad@, não se deixando cultivar e nem cultivando.

Tudo na vida deve ser balanceado, não podemos nos dedicar somente aos estudos e nos esquecermos de praticar esportes; não podemos nos dedicar somente ao lazer mas também ao trabalho; não podemos nos dedicar somente a satisfazer o nosso desejo, mas sim ajudar o outro a alcançar o seu; não podemos apenas ficar sonhando com dias melhores, temos que fazer com que eles aconteçam. A nossa vida é bastante ampla,  é uma soma de sonhos, angústias, valores, lutas... e precisa ser cultivada  através da amizade, ternura, sexualidade, corpo, amor, festas, diversões, cultura e pela vida em comunidade.
Muitos jovens não aguentam mais ouvir alguém falar coisas do tipo: no meu tempo, os jovens eram isso ou aquilo... no meu tempo, sexo era encarado assim ou assado ... no meu tempo ...para vocês terem uma ideia, para se obter simples informações sobre a sexualidade em algumas décadas atrás era a maior dificuldade. E quando se conseguia essas informações, elas eram centradas só nos órgãos sexuais mesmo, era como se a sexualidade não tivesse nada a ver com o resto do corpo, com os sentimentos das pessoas, com os valores e preconceitos existentes em uma sociedade, tal qual a definimos hoje, se falar sobre sexualidade hoje ainda é meio problemático, imagine como foi isso no passado!
Hoje, pelo menos, o tema é bem mais visível e a sociedade, guardadas as devidas proporções, tem demonstrado até uma atitude mais tolerante perante a sexualidade dos jovens, assim como em relação à homossexualidade. Tanto que, mesmo que as escolas e as famílias não se animem a falar sobre sexualidade e afeto, são vários os espaços, onde já é possível, para as camadas jovens, não só ouvir especialistas falando, mas se discutir de igual para igual sobre os diferentes aspectos da sexualidade e da afetividade, não só no plano biológico, mas também sobre as sensações, as emoções e os conflitos que existem num relacionamento; sobre contracepção; sobre a prevenção das DST/AIDS; sobre a necessidade de se adquirir habilidades para se tomar decisões acertadas e para resistir à pressão do grupo; sobre as diferenças entre os gêneros feminino e masculino; sobre como a mídia trata a sexualidade; sobre como o preconceito afeta a auto-estima das pessoas.


Até aí tudo bem , mas se de um lado a juventude está mais informada a respeito de sua sexualidade e de como lidar com ela, de outro ainda existem muitos pontos onde fica claro que a juventude ainda está muito vulnerável, ou seja, exposta a situações que possam lhe trazer problemas ou prejudica-la. Quando pensamos em drogas, Aids, gravidez na adolescência, violência, isso fica mais evidente.
A família, por sua vez, muitas vezes é responsabilizada por todos as infelicidades do mundo jovem. Mas, há que se dar um desconto, pois nem sempre ela se sente preparada para responder aos anseios de seus filhos e filhas, vale lembrar que os pais e as mães de hoje tiveram muito menos acesso à informação sobre sexualidade, além do que devem ter tido uma educação muito mais repressiva que a de agora. E se ainda não bastasse, querendo ou não, o mundo se tornou muito mais perigoso! Não tem como não se preocupar.
Pensando num plano mais individual, é possível perceber que um dos pontos que os jovens são mais vulneráveis diz respeito ao autoconhecimento e à auto-estima de cada um, em uma relação amorosa por exemplo, quando uma pessoa não se conhece direito, não se gosta e não respeita seus próprios sentimentos, acaba deixando seus desejos e seus valores de lado e aceitando, incondicionalmente, a vontade do outro. É claro que essa relação não vai ser prazerosa para ela, já que deixou de ser sujeito de sua própria sexualidade.
A juventude é uma fase da vida onde se tem que aprender a lidar com muita coisa nova e, na falta de experiências anteriores, muitas das decisões tomadas podem se mostrar, ao final, uma tremenda de uma ‘roubada’. Para evitar que isso aconteça, é necessário se conhecer muito bem, valorizar suas qualidades, saber o que quer e em que acredita e reconhecer as situações que podem se tornar uma verdadeira armadilha e cair fora delas e, na medida do necessário, buscar ajuda!!!
A conclusão a que podemos chegar com isto tudo é que mais do que uma característica pessoal, a sexualidade e a afetividade é uma questão muito mais ampla. Está relacionada também à violação dos direitos humanos, uma vez que o acesso à escola, serviços de saúde, moradia, alimentação, trabalho, segurança, vêm sendo negados a uma boa parte da população. Portanto, sexualidade e afetividade, devem ser vistas não só como uma questão pessoal, mas também uma questão política.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A criminalidade mudando a área de atuação

Com a ocupação, do complexo do alemão, no Rio, intensifica a chegada de bandidos da capital para o interior o que já vinha acontecendo nos últimos 3 a 2 anos. A baixada sul fluminense tem sido o principal alvo dos bandidos foragidos da capital. Neste ano somente  na cidade de Vassouras foram preso mais de 30 jovens por tráfico de drogas. O que anterior a essas ocupações da polícia e mílicia nas favelas do Rio, era difícil de acontecer. Levando até anos para se prender algum bandido na cidade, o que agora vem acontecendo quase toda semana.O interior vem sendo tomado pelo tráfico e ladrões, pois até os assaltos viraram rotina. A polícia está fazendo batida direto e investigando as casas alugadas para pessoas estranhas. Sendo que os proprietários desconfiados já nem estão alugando para pessoas que ñ sejam da cidade e quando alugam estão cobrando um absurdo! Sem contar no desespero das mães, dos jovens presos, que de viciados passarm pra traficantes. E como todos são de famílias de baixa renda, estas mães não tem recursos para pagarem advogados e usam o do Estado que nada fazem em prol dessas famílias. Os jornais de tv regional como tv Rio sul, Band sul fluminense, SBT Sul fluminense e Record sul fluminense, todas vem trazendo matérias sobre o aumento da criminalidade nos últimos 3 anos, tendo um aumento significativo neste ano e aumentando mais ainda nesses últimos dias com a ocupação do complexo do alemão. A ponto de estarem divulgando um apelo aos moradores local, para denunciarem pessoas estranhas e suspeitas diferentes nas cidades. Ou seja vem colocando o terror nas cidades pequenas sul fluminense. E colocando suas famílias sobre um alerta constante e assustador, interferindo diretamente na vida das pessoas do interior.

Ryra  (Coletivo de Hip-Hop Lutarmada)

 

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

NEGROS - Poema lido por Gaspar no encontro de Sambaetiba!


Negros

Negros que escravizam
e vendem negros na África
não são meus irmãos.
 
Negros senhores na América
a serviço do capital
não são meus irmãos.
 
Negros opressores
em qualquer parte do mundo
não são meus irmãos.  
 
Só os negros oprimidos,
em luta por liberdade
são meus irmãos.
 
Para estes tenho um poema
grande como o Nilo.
 
Solano Trindade